sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Os Quatro Elementos

Os Quatro Elementos

Quarteto fantástico da natureza devolve a sua energia

Para o Feng Shui, qualquer forma de energizar é auspiciosa. Os quatro elementos da natureza - terra, água, ar e fogo -, que trazem vida a Terra, por exemplo, também podem canalizar energia para você, a sua casa e o seu ambiente de trabalho. Por isso, é sempre bom manter um representante desse Quarteto Fantástico sempre por perto, especialmente quem mora nas grandes cidades, afastado desses poderes naturais. Saiba o significado de cada elemento e qual a melhor forma de colocá-lo ao seu redor:

Fogo: Desde a antiguidade o fogo tem sido considerado sagrado, participando de inúmeras cerimônias religiosas e místicas. Ele pode tanto manter, quanto destruir a vida. É pura energia, associada ao espírito. Era um presente dos deuses. Uma forma de se comunicar com o céu. Pode ser usado para limpeza espiritual e consagração de ambientes, uma vez que tem um grande poder purificador e transformador absoluto. Na antiga China, era considerado também um catalisador das mudanças. A maneira mais eficiente e moderna de trazer o fogo para sua casa, altar ou local de trabalho é por meio das velas decorativas, tão em moda hoje em dia, ou de objetos decorativos com a figura do sol ou peças e objetos triangulares, posicionados para cima.

Água: Com propriedades purificadoras, tem a capacidade de absorver energias estagnadas e negativas de um ambiente. E, em contrapartida, oferece vida, juventude, sabedoria e imortalidade. No Feng Shui é o símbolo da prosperidade. No cristianismo, através do batismo, ela significa renascimento. Já nas culturas indígenas, era freqüentemente usada nas cerimônias de cura. Manter uma jarra ou copo com água é a forma mais simples de trazer o poder e energia desse elemento para sua casa. Já uma fonte de água traz também a energia do movimento e vida para o ambiente. Outra forma eficiente e também muito decorativa de trabalhar com o elemento água é ter no ambiente aquários ou fontes d'água.

Terra: Nas antigas culturas, quando o homem vivia em total harmonia e intimidade com os elementos da natureza, sempre foi reverenciada como a Grande Mãe-Terra, ser vivo e consciente, provedor de todos os seres vivos. Todos nós viemos de seu ventre e para ele retornaremos e, assim como os seres humanos, a terra também é habitada por um espírito. Terra significa aprendizado e força; seu espírito nos traz estabilidade, sabedoria e poder. De seu ventre tiramos o alimento e o remédio para nossos males. A terra é regeneradora e transmutadora. A terra em uma casa oferece estabilidade, segurança e força interior para seus habitantes, que se sentem protegidos e bem direcionados na vida. Vasos de plantas, flores, jardins e todos os tipos de cristais são os melhores representantes desse elemento em sua casa.

Ar: Transformação: essa é a principal característica desse elemento. Sempre estamos em constante comunhão com esse elemento pelo ar que respiramos. Apenas alguns poucos minutos sem ele pode significar a morte, tamanha é sua importância em nossas vidas. Portanto, a melhor forma de entrar em harmonia com o elemento ar é através de respirações profundas e conscientes. O ar traz consigo as energias da mudança e da transformação. De uma brisa suave para uma ventania ou um terrível furacão, o ar transforma tudo por onde passa. Mesmo uma leve brisa é capaz de transportar as sementes e os pólens das flores, fecundando e propiciando a renovação da vida. Representado pela águia, nos remete a liberdade, percepção e comunicação. Abrir a janela e respirar fundo nos momentos de grande tensão nos traz novas perspectivas e ampliação de horizontes. O ar pode ser levado para sua casa com a ajuda dos incensos e das defumações feitas com ervas para diversas finalidades. No Feng Shui, os móbiles, sinos de vento, cata-ventos e todos os objetos que se movem podem também representar esse elemento.

Quatro elementos


Quatro elementos

Os quatro elementos da cultura ocidental são: terra, ar, fogo e água; eles são tidos como essenciais à vida.

O Taoísmo possui cinco elementos e cada um superior ao anterior : madeira, terra, água, fogo e metal. Metal domina a madeira, madeira domina a terra, etc.

Tabela:

elemento

temperamento

caráter místico

Shakespeare

Blake

Yeats

geral

ar

sangue, vermelho

sonhador, amante da liberdade, profundo

pensamento

vergonha ou medo

pensamento lógico

liberdade e movimento

fogo

rancor, amarelo

emotivo, irresistível, mercurial, imprevisível

desejo

cegueira

alma

desejo e amor

águas

água, branco

compassivo, curandeiro, gentil compreensivo

lágrima de amor

dúvida, ciúmes

sangue e sexo, paixão

maciez e tranqüilidade

terra

rancor, preto

ama as crianças, possessivo

substância dual da carne

melancolia

instinto

riquezas

elemento

mito

Hebreu

animal

animal posterior

estação

Rosa dos ventos

forma

\r

gigante

águia, arco-íris

macaco

águia

primavera

sul

ereto, eclípse

fogo

salamandra

homem, anjo, meteoro

leão

salamandra

verão, início de outono

leste

triângulo, pirâmide

água

sereia

peixe, dragão , pérola

ovelha

cisne, golfinho

inverno

Oeste

círculo, esfera

terra

anão, gnomo

touro, leão , rubi

porco

leão, elefante

final de outono

Norte

cubo, quadrado

domingo, 27 de julho de 2008

VITÓRIA RÉGIA, A DEUSA VEGETAL

VITÓRIA RÉGIA, A DEUSA VEGETAL

No mistério das águas profundas dos rios e dos lagos amazônicos há sempre uma estória para contar. Não há quem, tendo visto uma vitória-régia em toda sua plenitude, adornando um lago ou enfeitando um rio, possa esquecer aquele cenário de verdadeiro encantamento. O remanso dos rios ou o lago que é seu viveiro, são os espelhos de Jaci, a Lua, vaidosa e sedutora, reflete-se para chamar a atenção das caboclas que a têm como visão do amor.

No cume das colinas, as cunhãs esperavam o aparecimento de Jaci, acreditando que ela trouxesse o bem do amor, pois seu beijo tornava-as iluminadas, desmaterializando-as e transformando-as em estrelas...

Algumas maravilhosas lendas se teceram em torno desse assunto e, em uma delas, que descrevo logo abaixo, é a Lua, com toda sua magia, que irá criar a vitória-régia, para que tão bela quanto as estrelas do céu, se torne uma "estrela da água", com um perfume inconfundível que jamais foi dado a uma flor...

LENDA DE NAIÁ

Na manhã do mundo, no seio de uma primitiva tribo, contavam os velhos pajés adivinhos, Senhores de todos os segredos da natureza que, quando a Lua ainda era considerada um deus masculino e ainda quando esta se escondia por detrás dos montes da serra, coabitava com as virgens de sua predileção.

O encanto destes encontros era de tal grandeza e beleza, que os velhos sábios não possuíam palavras humanas para descrevê-los, deixando as entrelinhas a cargo de nossa imaginação.

Aconteceu que a jovem guerreira Naiá, filha do venerável chefe, princesa da tribo, de alva pele e cabeleira muito ruiva tal qual uma espiga de milho verde, se impressionara com a sugestiva fantasia daqueles amores lunares. E, por isso, no avançar da noite, quando o sono fechava a vida da taba, e a erótica divindade sedutoramente simulava tocar suas mechas de cabelo, a cunhã galgava as montanhas buscando mergulhar sua alma na insolvência daqueles luminosos afagos, tão exaltados pelos convincentes anciãos.

Afirmavam eles que a deusa hemafrodita, com a irradiosa insuflação dos seus beijos, transmutava em luz o corpo das virgens predestinadas, apagando-lhes completamente a tinta de sangue vermelha, vaporizando-lhes a carne. E fugia em seguida, conduzindo as afortunadas amantes, sugando-lhes a vida, para deixá-las, assim desmaterializadas, nos leitos nupciais das nuvens elevadas.

E, desta forma iam nascendo as estrelas do céu....

Naiá ansiava pela maravilhosa mudança do seu grosseiro e cotidiano viver terreno para aquela divina existência eterizada. Mas a realidade enganava-a constantemente, passava as noites perseguindo o noivo celestial que debruçava-se de colina em colina, cada vez mais fascinante, entretanto, mais fugitivo de sua doentia paixão.

A virgem guerreira, definha suspirosa e sofredora. Não houve poções, feitas pelas mãos miraculosas dos pajés, nem sobrenaturais sortilégios de elevada magia, capazes de curá-la daqueles obsessivos anseios. E assim, vivia essa jovem enferma, a vagar nas noites enluarada, dilacerando-se pelas íngremes escarpas, uma psicose viva, corporificada, entre lágrimas e soluços, cantando os seus delírios.

Certa vez, quando a sombra da insânia mais anuviava o toldo do entendimento, viu no espelho de um lago, feliz e tranqüilo, a imagem do pálido bem amado. Atirou-se em busca do ser iluminado, bracejando agônicos paroxismos.

Semanas inteiras a tribo debateu-se inutilmente em sua busca.

Os deuses selvagens, entretanto, eram bons e agradecidos. A Lua, que gerara as águas, os peixes e as plantas aquáticas, quis recompensar o sacrifício daquela vida virgem. Fê-la então estrela das águas, poema triunfal de cor e perfume, que cantará eternamente em nossa flora.

E, ao nascer do branco corpo da cunhã, a misteriosa flor, desabrochou com intensa candura de espírito na grande flor perfumada, transformando em espinhos toda a mágoa que tiranizava a jovem índia. Depois, dilatou o quanto pode, a palma de suas folhas, para tornar maior o receptáculo dos afagos da sua luz, amorosamente ofertada.

Todas as noites, Naiá desnuda-se, arrumando jeitosamente as esvoaçantes e longas pétalas, para receber, no tálamo das águas mansas, os beijos apaixonados do luar.

UMA LINDA LENDA GUARANI

Dois jovens indígenas se amavam, como sabem amar os que vivem longe dos tentáculos da civilização. Moroti, uma morena linda como Iracema e Pitá, um rapaz forte e o mais bravo dos guerreiros.

Viviam pelas matas correndo e caçando com que organizavam encantadoras grinaldas e pescando, na mansidão das lagoas, os peixes mais saborosos.

Um dia, Moroti quis experimentar até que ponto ia o amor que lhe devotava Pitá e, tirando do braço uma pulseira de contas silvestres, arremessou-a no rio Paraná, ao mesmo tempo que dizia:

-"Querem ver o que este guerreiro é capaz de fazer por mim?"

Estava a margem cheia de índios que ali haviam se reunido para uma pescaria, início de grandes folguedos. E Moroti não quis deixar escapar a oportunidade de mostras às suas amigas, como era amada pelo mais valente varão daquelas terras.

Assim que o bracelete da doce amada feriu a superfície das águas, Pitá, num mergulho nervoso, atirou-se no Paraná, procurando apanhá-lo.

Moroti ficou sorrindo, como só as filhas trigueiras das selvas sabem sorrir. As risadas dos que assitiam à cena, adveio um silêncio constrangedor, pois o índio não voltara à tona. As mulheres choravam, os homens lamuriavam-se, apenas Moroti continuava a sorrir...

Foi chamado às pressas o pajé, para explicar o que tinha acontecido.

A passos apressados veio o feiticeiro da tribo, e, depois de meditar profundamente, com voz compassada, explicou:

-"Pitá a esta hora está num palácio encantado, recebendo os carinhos da fada das água (cunhã payé)".

Moroti deixou de sorrir. E o pajé continuou:

-"Assim que Pitá mergulhou, a loira cunhã das águas levou-o para o seu palácio de diamante e, envolvendo-o nos seus cabelos, cobriu-o loucamente de beijos...É preciso libertar Pitá e somente uma jovem que o ame apaixonadamente poderá fazê-lo".

Moroti não quis escutar mais nada: amarrou pesada pedra aos pés e deixou-se envolver pelas águas numa renúncia adorável.

Durante todo o dia e quase toda a noite ficaram os parentes aguardando a volta do casal amoroso.

Aos primeiros albores do dia seguinte, viram todos emergir das profundezas das águas uma planta desconhecida, era "irupé": a Vitória Régia.

Do seio potâmico surgiu uma flor, um verdadeiro amor: grande, de cores vivíssimas, perfumada...As pétalas do centro eram alvas como o nome da donzela indígena, Moroti, e as da periferia, vermelhas como o do guerreiro Pitá. A flor irrompeu nas águas, esteve um momento acima do nível das mesmas, deixando espalhar seu perfume e rorejar gotículas, como se fosse uma jovem que saísse do banho... De repente, deu um gemido e desapareceu novamente, no seio das águas de onde despontara.

O pajé explicou:

-"Essa flor representa o amor vencedor. Moroti libertou Pitá dos meneios da feiticeira das águas que tantos guerreiros nos tem roubado. Façamos festa, cantemos, pois "cunhã payé" foi vencida pelo amor puro de Moroti."

E na margem do gigantesco rio, foi improvisada uma festança. Uma cantoria enfadonha exprimia o contentamento daquela gente que acreditava no pajé, que para eles era a encarnação da verdade.

A flor da Vitória Régia só abre de dia. Assim que a terra se cobre de luto da noite, a flor fecha-se de todo e submerge. Nesse momento Pitá e Moroti se abraçam e dormem profundamente até o dia seguinte embalados pelo movimento das águas.

Daquele sono amoroso nascem as sementes que perpetuarão a espécie, caindo ali mesmo no lado do fundo, ou levadas para outras plagas nos intestinos dos peixes e das aves, no pelo dos animais, pela torrente que balança os compridos pecíolos cobertos de acúleos, e pela mão do homem que estuda a Natureza e que ama o belo.

A Vitória-Régia ama as enchentes e as inundações. Á medida que as águas vão subindo, com elas vão crescendo os longuíssimos pecíolos, que, às vezes, atingem cinco metros de comprimento. Enquanto pequenos, esses pecíolos trazem nas suas extremidades superiores folhas em formas de setas, as quais se vão tornando cada vez mais oblongas até tomarem a face de uma enorme bandeja, quando as águas estiverem na plenitude da cheia. Algumas folhas chegam a cobrir mais de três metros quadrados de superfície azul ou esverdeada das águas onde vicejam.

Os maguaris, as garças e mil outras aves passeiam sobre as lagoas, em todas suas áreas, pisando nas largas lajes vegetais que coalham sua superfície e respiram a fragrância que se desprende das belíssimas flores que embalsamam e o ambiente com um aroma divinal.

Sua flor, chega a ter, em sua plenitude, até quarenta centímetros de diâmetro, e sua cor varia do branco ao carmim, exalando sempre o mesmo perfume incomparável. A época de floração é em janeiro e em fevereiro.

A raiz da Vitória-Régia é um tubérculo parecido com o do inhame, ao qual os indígenas dão o nome de "forno d'água", em função da sua forma ser semelhante a um tacho de torrar farinha. Esses feculentos tubérculos são grandemente apreciados pelos índios, como pelos habitantes ribeirinhos.

Se o nível das águas permanecer alto, estas belas ninfas aquáticas vivem cerca de dois anos. Se porém, as águas descerem, a Vitória-Régia vai definhando, como se a ela faltasse o alimento principal para viver, para o híbrido elemento é o nosso ar.

Em agosto, já se pode apreciar suas gordas cápsulas repletas de sementes que vão se depositando no lodo do fundo. Enterram-se na lama diluída que se endurece totalmente, assim que recebe diretamente a ação vivificante dos raios solares.

Encontram nas sementes, os homens e as aves, um delicioso alimento, esgravatando a terra onde se encontram sepultadas. Na procura desse extraordinário "irupé", o milho da água dos indígenas, agrupam-se garridos bandos de pássaros, exibindo-nos grandioso espetáculo. Com suas ricas e exóticas roupagens de plumas substituem, naquele cenário encantador, os largos mantos verdes enfeitados de flores das vitórias-régias. Esses pássaros levam consigo as sementes e deixam-nas em algum lugar. As águas arrastam também uma quantidade incontável de grãos. é deste modo que se propaga a existência da Vitória-Régia que é encontrada, desde os mananciais dos afluentes da esquerda do rio Amazonas, até os baixos tributários do Paraná e do Paraguai. Designam os botânicos essa dispersão provocada pelos pássaros de "florula ornitocórea" e de "hidrocórea", a produzida pela torrente.

A "Deusa Vegetal" dos lagos e rios, era conhecida dos guaranis que a chamavam de "irupé", outros indígenas tratavam-na de "iapucacaa". Seu nome, como conhecemos hoje, é devido à um botânico inglês, que maravilhado com e exuberância da planta, deu-lhe o nome da Rainha Vitória do Reino Unido.

A Vitória-Régia é conhecida também como "Estrela da Água", porque sua flor desabrocha completamente por volta da meia-noite, para submergir depois, quando fechada. Na manhã seguinte ela aparece e abrindo lentamente as pétalas, exala o mesmo perfume e irradia a mesma beleza.

Estrela das águas, poema triunfal de cor e perfume,

Que cantará eternamente em nossa flora.

Todas as noites desnuda-se,

Arrumando jeitosamente as esvoaçantes e longas pétalas.

Para receber no tálamo das águas mansas,

Os beijos apaixonados das noites de luar.

A LUA MASCULINA

É fácil aceitar que o Sol é um símbolo masculino e a Lua simboliza o feminino, mas nem sempre foi assim....

Tylor em seu livro "Primitive Culture", relata-nos que os índios brasileiros, quando em estado primitivo, adoravam e respeitavam a Lua e, conta-nos também, que os índios botocudos, davam à Lua a mais alta posição. Um velho relato, acrescenta ainda, que os caraibas consideravam a Lua mais que o Sol.

Na maioria destas consideradas tribos, a Lua era freqüentemente chamada de o "Senhor das Mulheres" e acreditavam que ela era o marido permanente das jovens índias. Os homens acreditavam que sua função era meramente romper o hímen e abrir caminho para o raio lunar entrar, engravidando-as.

A Lua não era, entretanto, tão somente fonte fertilizadora das jovens guerreiras, mas era considerada também como fonte de proteção e guardiã de todas as suas habilidades. Plantar, cultivar e colher era tarefa feminina. Acreditava-se que só as mulheres podiam fazer as plantas germinarem e crescerem, pelo justo motivo, de somente elas estarem sob a proteção direta da Lua.

A mudança do deus da Lua para a deusa da Lua, só se concretizou com o advento da adoração do Sol. Este último, tomou para si todos os atributos fertilizadores, que pertenciam ao deus da Lua, seu antecessor. As religiões posteriores a este acontecimento, encontraram a Lua já tipicamente representada por uma deusa-mãe, um protótipo de mulher, o eterno feminino.

É difícil estabelecer um nexo-causal destas associações na comunidade científica atual. Mas mesmo assim, estas idéias, sobreviveram até nossos dias, muito embora sua significação verdadeira só seja percebida vagamente.

Não existe nada mais lindo e romântico do que uma bela noite enluarada e sabemos que tal vislumbre mexe com nossos hormônios sexuais, mas seus mistérios, permanecem desvendáveis...



UMBÚ, ÁRVORE-SÍMBOLO DA HOSPITALIDADE
"Quem se introduz nos bosques de umbuzeiros, recorda subitamente incidendes de sua infância".


O viajante desprevenido pensará que é cedro, um dos legendários cedros do Líbano, com os quais o rei Salomão construiu o Templo de Jerusalém. Pois deles tem a forma na voluta da fronde e na coluna do tronco vertical.. Possui a impetuosidade e a doçura refletida no arredondado de sua copa submissa e disciplinada, nascida da benção do Criador.




A LENDA (segundo Barbosa Lessa) ...


Na infância dos tempos, as árvores eram todas iguais. Mas, um dia Deus estava muito contente, porque os diabos e os homens maus haviam sido derrotados e resolveu então comemorar, satisfazendo a vontade das árvores.


Perguntou para coronilha como ela gostaria de se tornar e ela respondeu que queria ser tão dura a ponto de resistir à golpes de machado.Perguntou ao molho, ele disse que queria saber assobiar. Perguntou para figueira do campo, ela falou que queria ser muito forte, muito alta, muito bonita.


E assim..Deus ia satisfazendo o pedido de todas as árvores.


Quando chegou a vez do umbú, este disse que queria ter o corpo muito fraco, uma madeira à-toa, mas queria ser grande, para poder fazer sombra e abrigar os homens.


Deus satisfez a vontade dele, mas curioso, perguntou porque desejava se tornar uma madeira tão fraca e mole, enquanto que todas as outras árvores queriam ser fortes e duras. Então o umbú explicou-lhe que não queria que sua madeira pudesse servir, algum dia, para cruz e sacrifício de um santo. E desde daí, o umbú é assim...


Phytolaca dioica é conhecida como umbú (ombú na Argentina) nativa do Rio Grande do Sul e nos pampas da Argentina. Alguns botânicos a classificam como uma erva gigante já que não possui lenha, mas um tronco mole e fibroso, porém resistente. As folhas cozidas, em aplicações externas, servem para combater sarna e feridas que não cicatrizam, no entanto não devem ser ingeridas já que causam diarréias violentas. É uma árvore quase não habitada por pássaros. Durante a noite, de suas folhas se desprendem emabações nocivas à saúde.


"Umbu" é indicado para a realização de metas, propósitos pessoais, que demandam perseverança e trabalho. Esta essência ajuda a proporcionar força e disposição para a realização dos pequenos e necessários passos, visando maiores metas.



ASSOMBREANDO A HISTÓRIA...


Sabe-se que na época do descobrimento os indígenas plantavam, junto ao sepulcro de seus maiores, um umbú. Pode ser por isso que lhe foram atribuídos aspectos tristes como aos ciprestes ou salgueiros.


Era crença india, que uma árvore solitária no caminho, como acontece ordinariamente ao umbú, era habitada por espíritos e para conjurá-los era preciso atar-lhe pedrinhas cobertas com pedaços de roupas.


Há umbús históricos, em cujas sombras já foram discutidas assuntos de relevante importância. À sombra de seus galhos já abrigou indômitos guerreiros. Primeiro os que defendiam a pátria contra os estrangeiros, depois o gaúcho monarquista em defesa de seu Monarca Imperial e por último, os filhos deste na defesa de idéias que lhes conduziram a um destino melhor. Todos foram morrendo, mas o umbú continuou lá. À sua sombra brincamos quando crianças e nos abrigamos do calor do sol na velhice...E ele ainda permanece lá, alegre e forte! Quanto maior a seca, mais verde ele fica. Quanto mais fria a geada, mais ele floresce.


O umbú personifica o vulgo ignaro, que no seu modo de pensar tem muito do homem primitivo, as forças da natureza e todos os objetos que as manifestam.


A esta árvore também foi associada efeitos maléficos e chegou-se a acreditar, certa época, que por influência do umbú acontecia a ruína dos lares e das famílias. Muitos acreditavam que era chegado o momento da ruína da casa quando lhe tocavam as raízes do umbú nos alicerces. Não é tão fácil desrraigar um umbuzeiro. Por mais que arranquem as raízes e restos, não se consegue a sua exterminação e a casa acaba sendo abandonada. Assim, era muito natural que junto de uma tapera se encontrasse um umbuzeiro, o que gerou um velho provérbio: "Casa com umbú, acaba em tapera".


O Umbú é uma árvore típica que enfeita a paisagem sul-riograndense, oferecendo sombra amiga e hospitaleira, nos campos e nas coxilhas, onde o gaúcho dorme a sesta e a gurizada brinca, buliçosa, com os cuscos das fazendas. Junto do umbú encontram guarida o carreteiro, o gaúcho andejo, o tropeiro e os mascates de longas caminhadas. Bálsamo e conforto contra as invernais, refúgio contra o sol causticante dos verões, o umbú é a árvore-símbolo da hospitalidade do povo gaúcho. Seja manchado de verde à luz do dia, seja quando a noite vem chegando sobre o pampa e ele se recorta em silhueta graciosa contra o horizonte, parece nos chamar ao repouso, em um mudo aceno:


"CHEGUE-SE, AMIGO!"


sábado, 26 de julho de 2008



O TEMPO DO AMOR


As fadas são grandes apaixonadas como nós. E uma estranha fatalidade faz com que experimentem suas maiores paixões por simples mortais, bem mais que por outros seres do Reino das Fadas. Desse modo, os homens que por azar do destino, venham a conhecer uma fada, não podem escapar do amor louco que ela desperta neles.
Mas de onde vem esta atração mútua e irresistível? Ninguém sabe, mas as lendas, relatos ou crônicas populares abundam em histórias de amor que colocam em cena o homem e a fada.
Eis aqui o testemunho, coletado no ano de 1849, de uma senhora que vivia em Arinthod (região pertencente a França):
"Um de nossos criados, chamado Félicien, foi levar os cavalos para o pasto no prado da ilha onde vivo e avistou pequenas senhoritas brancas. Era época da seca do feno.
Havia pilhas de feno amarrados e soltas na pradaria e lindas sílfides dançavam ao seu redor, tão rápidas, de um modo tão gracioso, que era uma maravilha. Nosso bom Félicien ficou fascinado com o grande espetáculo. Voltou para casa com um ar de encantamento inexplicável e nos descreveu o melhor que pode a beleza, a graça e a natureza diáfana daquelas pequenas criaturas de Deus; e tão belas eram que havia se apaixonado por elas no ato. De bom grado havia pedido uma em casamento, por seus traços, por sua elegância, pelos diamantes de todas as cores que brilhavam em seus dedos, seus braços, no pescoço, na cintura...."

O s amores que ligam as fadas e os homens a maioria das vezes, estão fadados ao insucesso, pois os seres dos Reinos das Fadas e os humanos pertencem a universos diferentes e só podem encontrar-se em lugares incertos que determinam a fronteira entre esse mundo e o outro.
Nos relatos e contos novelísticos, a fada sempre aparece ao herói no coração de um bosque sombrio, perto de uma fonte ou de um arroio. O homem está sempre só, perdido, debilitado, e não tem nenhuma possibilidade de resistir a ela, bela como nenhuma, e se oferecendo desse modo. No mesmo instante esquece qualquer outra paixão terrena e se entrega de corpo e alma a sua nova Dulcinéia. Pede sua mão e nada parece poder desfazer o sucesso dessa mútua paixão.
O amor da fada por seu companheiro humano é total, e é de uma fidelidade a toda prova. Pode permanecer com seu eleito até o final dos tempos. Evans Wentz evoca um caso de uma fada que não vacilou a acompanhar seu amante mortal até a América do Sul.




REGRAS FEÉRICAS

Entretanto, a felicidade dos apaixonados em geral, é de curta duração. A aliança com a fada está sujeita a condições que os mortais costumam desrespeitar. Não que sejam particularmente complexas ou difíceis de satisfazer, ao contrário. As regras que regem o Reino das Fadas são banais e inclusive insignificantes. Os mortais as tomam como caprichos da fada e não lhes prestam muita atenção. Não demoram muito para transgredi-la, sem se darem conta, violando assim seu juramento, perdendo para sempre o amor da fada e deixam de ter acesso definitivamente ao Reino das Fadas, que lhes havia entreaberto a porta de seus domínios encantados. De volta a sua condição primitiva de simples mortais, vagam pelo mundo como almas penadas antes de morrer de tristeza e nostalgia.
Entre os tabus que regulam as relações entre fadas e mortais podemos citar a proibição de chamar o ser do Reino das Fadas pelo nome, de evocar sua existência diante uma terceira pessoa, de pronunciar certas palavras ou aludir a certas pessoas em sua presença, de recordar-lhe suas origens, pegá-lo ou tocá-lo com um objeto de ferro. A menor infração, a fada desaparece e abandona seu amante de carne e osso a sua triste sorte.


O AMOR ÉLFICO

Também os elfos buscam ardentemente o amor das mortais. Na Irlanda se conhece um elfo chamado Ganconer, nome que significa "o que fala de amor", jovem de olhos negros e brilhantes, cujas belas palavras seduzem as jovens que andam sozinhas pelos bosques, ao cair da noite. Pobre daquelas que se deixam abraçar por ele, pois não tardarão a morrer de languidez, depois que seu amante élfico a saciar de carícias! Um provérbio irlandês afirma: " Quem encontra Ganconer pode tecer seu sudário".
Outro elfo, esse originário da Escócia, se vingou cruelmente de uma mortal que havia lhe jurado amor. O elfo desapareceu por sete anos, contando com a fidelidade de sua amada. Entretanto, essa terminou por cansar-se de esperar e casou com outro homem, do qual teve um filho. Ao seu regresso, o elfo fez de tudo para seduzir novamente a jovem. Propôs raptá-la e fugir em um navio de ouro que navegaria empurrado por um vento mágico. A mulher abandonou o marido e o filho para embarcar com o amante. Mas, assim que zarparam, o elfo suscitou uma terrível tempestade. O barco afundou e a mulher infiel com ele.
Os elfos nem sempre são belamente jovens, muitas vezes possuem alguma deformação física, podem apresentar os pés tortos ou voltados para trás, orelhas pontiagudas, rabo de vaca, não terem nariz ou serem estrábicos.

Desde os primeiros tempos clássicos, as lendas das visitas de deusas e ninfas a mortais humanos e sua relação com amorosa com eles sempre comoveu a humanidade por sua tragédia e esplendor; pois o final de todas essas relações entre imortalidade e mortalidade têm sido trágico.

sábado, 31 de maio de 2008



ANIMAL DE PODER

O ANIMAL DE PODER é nosso guia pessoal, formado por 1 ou mais espírito de animais que vive em nós e que podemos nos comunicar.

O ANIMAL DE PODER nos auxilia para entrarmos em contato com nossas energias internas. Ele é nossa parte material e concreta que nos levará ao caminho do Grande Espírito.

Segundo as tradições índias, cada um de nós tem pelo menos um espírito de animal, que nos dá de presente suas qualidades e muitas vezes até semelhanças. Não é à toa quando se diz que determinada pessoas tem olhar de lince ou coisas do gênero.

O ANIMAL DE PODER vive e se expressa através do nosso corpo. Contatar e conversar com ele exige uma experimentação sensorial. Cada animal possui suas qualidades, traz tesouros e lições para cada situação vivenciada.

EXERCÍCIO 1

Todos temos animais de poder - animais de espírito - que são nossos protetores. Alguns destes animais de poder são guardiões de espíritos que existem em outros reinos. Cabe a você descobrir o seu, para chamá-lo sempre, não só em momentos de perigo, mas para participar de todos os momentos de sua vida. Encontre-o!

Primeiro encontre um lugar tranqüilo, pode ser até em frente seu computador. .

Toque um tambor ou coloque um CD que emita o som de um tambor..

Esvazie sua mente e feche os olhos.

Sinta-se os músculos no seu corpo se relaxando. . .

A sua cabeça. . .

Os seus ombros. . .

O seu pescoço. . .

O tronco do seu corpo. . .

Os seus braços. . .

Tome respire fundo por 3x. . . Expire pelo seu nariz. . . Segure um pouco o fôlego . . . (Conte lentamente até 5 na inspiração. Conte até 2 enquanto retém o ar nos pulmões e depois, novamente até 5 na expiração e, de novo, até 2, completando o ciclo.

Agora visualize uma tela, como a do seu computador.. Coloque uma cor nela . .Ou forma.

Telepaticamente peça que seu animal de poder se mostre a você na tela da sua mente. Seja paciente! Seu terceiro olho (glândula de pineal) deve abrir antes de você possa ver imagens.

Logo a imagem de um animal aparecerá.

Pode - ou não pode - ser o animal que você estão esperando - então não tenha muitas expectativas. A imagem pode vir de repente ou se mover em direção a você. Pode ser uma vista de frente do animal ou de em outro ângulo.

O animal não pode ser seu animal favorito!

Quando ele aparecer olhe-o atentamente...

Tente escutar com seus pensamentos alguma mensagem de telepática dele. Pode parecer engraçado receber uma mensagem numa linguagem humana - de um animal - mas pode acontecer.

Seu animal pode aparecer numa cena o que pode ser significativo para você. Coloque-o em foco. Anote as cores ao redor do animal - cores são muito importantes. Quando a imagem se tornar difusa. Lentamente abra os seus olhos e escreva tudo que você viu. Pode aparecer mais de um animal. Pode aparecer até um animal mitológico, tipo unicórnio. Pode acontecer também que em outro dia que fizeres este exercício apareça outro animal.

Situações para considerar:

Você alguma vez já sonhou com este tipo de animal? O que aconteceu no sonho? Peça que o animal venha até você hoje em sonho.

. Por quê tal animal apareceria a você?

Talvez deva procurar o que o animal queria lhe dizer.

SEGUNDO CONTATO

TRABALHANDO COM SEU ANIMAL DE PODER

Os primeiros procedimentos serão iguais ao exercício anterior.

Se você puder fazer este exercício ao ar livre seria melhor, caso contrário fique aí mesmo frente ao seu computador.

Coloque o CD, relaxe, inspire e expire.

Se ligue com seu animal de poder através de seu terceiro olho.

Ele começará a abrir e a mostrar imagens. . .

Se puderes ver o animal em movimento segue -o.

Você já o conhece e agora fica mais fácil estabelecer contato.

Quando você se sentir ligado a ele mentalmente fale ao animal que você deseja tomá-lo para realizar uma viagem espiritual, pois você necessita deste conhecimento para seu aprendizado.

Ele com certeza o levará nesta viagem. . .

Faça notas sobre sua viagem quando retornar.

EXERCÍCIO 3

MEDITAÇÃO SOBRE O ANIMAL DE PODER

Os xamãs são arquétipos vivos com a capacidade de curar, de trabalhar energias e ter visões. A capacidade consciente de se locomover além do corpo físico é uma característica inerente a todo xamã. Estas viagens da alma o leva a níveis mais altos de existência ou a mundos físicos paralelos. O Vôo Xamanico, não é tão somente uma experiência imaginária. é real. Hoje os xamãs não só se ligam ao seu animal de poder para curar, mas também para trazer à luz ao planeta.

Por favor agora me dê um pouco de seu tempo. . .

Como você agora está sentado em frente de se computador, comece por chamar seu animal de poder até estabelecer uma conexão.

Fale para o animal que você deseja permanecer com ele, para que vocês dois possam experimentar sensações juntos.

Se você poder entrar em contanto com a natureza, tipo sentar embaixo de uma árvore, seria extraordinário, pois enriqueceria sua experiência.

Pode usar seu CD com sons de tambor.

O o uso de qualquer espécie drogas para alterar sua consciência, também pode ser usado, preferivelmente não use hoje. Deixe para quando você estiver mais familiarizado com estes contatos.

Se você já está pronto,fecha os seus olhos, agora.

Respire 3 x profundamente (inalando pelo nariz e - exalando lentamente pela boca).

Sinta-se totalmente relaxado.

Desligue-se de seu ambiente físico.

Agora lentamente você mudará sua forma física. Esta é outra qualidade que somente um Curandeiro Xamanico tem. (Xamãs tem a capacidade de mudar de forma).

Experimente mudar seu corpo físico - sua idade, sua cor de pele, enxergue-se índio.....

- Torne-se qualquer pessoa

- experimente.

Lentamente mude de forma novamente.....desta vez transforme-se em seu animal de poder. . . Sinta cada célula do seu corpo mudando. . .

Entre na natureza - fisicamente!

Mova-se como seu animal de poder.

Escute os sons.

Experimente todas as as sensações da natureza ....

Escute os animais que se comunicando uns com os outros.

Perceba portais que se abrem para outros reinos.

Observe como abrem e fecham estes portais.

Pare próximo a uma árvore.

Faça uma conexão telepática com este mundo físico.

Puxe a energia da 'luz branca' direto da Fonte( a mesma que lhe puxa para dentro). Sinta 'luz branca' vibrar sobre seu animal de poder e sobre você. Permita com que seu animal de poder veja que necessidades devem ser curadas hoje. Coloque na 'luz branca' o que necessita curar. Depois envie a energia excedente para fora do planeta.

Se conecte com outros povos nativos existentes ao redor do mundo. Permita que estes outros xamãs lhe mostrem suas curas.

Isto poderá resultar em sua iniciação em reinos mais altos de Espírito e cura.

Conexão com seu animal Guardião

Começaremos usando exercícios de visualização, para abrir as portas para o Reino Animal.

Deixe de lado as preocupações e idéias pré concebidas. Volte-se para aquela parte dentro de você, que sente mais do que pensa.

Vá para um local onde não possa ser perturbado.

Antes de iniciar a conexão faça a cerimônia de limpeza. Esta cerimônia é feita através da queima de ervas de limpeza tais como sálvia, alecrim, alfazema, cedro, Artemísia, tabaco, e outras. Eu gosto muito de utilizar a sálvia.

Colocar a sálvia numa concha de abalone, ou outra concha, simbolizando o Elemento Água. A própria erva representa o Elemento Terra. O Elemento Fogo é representado por ele próprio no momento da queima. A defumação é abanada por uma pena representando o Elemento Ar.

Evoque o Espírito da Erva, solicitando seus poderes de limpeza.

De frente para o Leste abanando a fumaça a sua frente você diz :

- Espírito do Leste, de onde chega a luz. Portal do Espírito e do Elemento Fogo, Ilumine-me.

No sentido horário, gire o corpo ficando de frente para o Sul e diga :

- Espírito do Sul, onde o Sol está forte. Portal das emoções, sentimentos e do Elemento Água, fortifique-me.

No sentido horário, volte-se para o Oeste :

- Espírito do Oeste, onde o Sol se põe. Portal do Corpo e do Elemento Terra, transforme-me.

No sentido horário, dirija-se para o Norte :

- Espírito do Norte, onde o Sol descansa. Portal da Mente e do Elemento Ar, informe-me.

Volte para o Leste abanando a fumaça para o alto:

- Céu, Grande Força Masculina atrás de tudo o que existe. Dê-me Poder.

Ainda a Leste, abanando a fumaça para baixo :

- Mãe- Terra, Grande Força Feminina atrás de tudo o que existe. Nutra-me.

( Você pode também, apenas reverenciar os Três Mundos; o Superior, o Intermediário, o Subterrâneo, o Céu e a Terra )

Depois, passe a fumaça em si próprio, começando dos pés até acima da cabeça por quatro vezes. Poderá também colocar suas mãos acima da fumaça e passar em seu rosto, e baixar a fumaça com as palmas da mão para baixo em direção ao seu corpo até os pés.

Coloque uma fita com som de um tambor batendo (120 a 150 batimentos por minuto). Você poderá pedir a alguém para fazer isso por você também.

· Deite e relaxe, respirando profundamente.

· Comece a inspirar de forma rítmica. Irá inspirar, reter o ar com os pulmões cheios, expirar e reter os pulmões sem ar, voltando a inspirar novamente, na mesma contagem de tempo para cada etapa. Costumo fazer com 7. Por exemplo :

· Inspira por 7 segundos (sempre pelo nariz) enchendo todo o pulmão e o diagrama de ar.

Retenha os pulmões cheios por 7 segundos

Expire por 7 segundos todo o ar do corpo.

Retenha os pulmões vazios por 7 segundos

Inspire novamente por 7 segundos

Faça uma série de 10 respirações

· Vá respirando profundamente

· Feche os olhos e vá sentindo o som do tambor. Deixe que o som entre pelos seus quatro corpos (mental, espiritual, físico, emocional)

  • Entre a inspiração e a expiração existe intervalos, ou pausas nas quais você para de respirar por um momento e prende a respiração.

· Observe seu corpo nesse intervalo e sinta as pausas.

· Na pausa entre a inspiração e expiração, pense em tudo o que lhe preocupa, emita uma ordem de RELAXE.

· A seguir expire todas as toxinas orgânicas e mentais. Entre a inspiração e expiração, pense em todas as energias e emoções que você quer inspirar, emitindo a ordem ENERGIZANDO, e inspire calma, profunda e totalmente.

· Agora deixe sua mente em repouso. Relaxe os seus pensamentos e fique em silêncio mental durante pelo menos 10 respirações

· Agora preste atenção em sua respiração, ouça a sua respiração, sinta o seu respirar.

Sinta como ocorreu o contato com o ar, com o oxigênio natural, com a energia cósmica.

· Com atenção, conscientize-se de sua respiração e libere sua mente de pensamentos, enquanto sente seu respirar. Sinta o subir e descer do seu ventre, sinta a onda respiratória se propagar por todo o seu corpo. Portanto durante uma pausa, em cada longa expiração de cima para baixo, pense nas partes de seu corpo e emita uma ordem: RELAXE

· Pense nos músculos do crânio, da testa, dos olhos, das pálpebras, do rosto, da boca, dos lábios, do queixo, dos maxilares, do pescoço, da nuca, das costas, dos ombros, dos braços, das mãos, dos dedos.

· Pense nos músculos do peito, pense no coração, pense nos músculos do tórax, no diafragma, nos pulmões.

· Pense nos músculos do abdome, da pelve, das nádegas, das coxas, das pernas, das panturrilhas, dos pés, dos dedos

· Pense nas glândulas, pense nas juntas, pense nos músculos, tendões, ligamentos.

· Pense nos órgãos, cérebro, coração, pulmões, estômago, intestinos, fígado, rins, órgãos sexuais, pense nos vasos, pense em todo o seu corpo.

· Pense nas partes do seu corpo que precisam relaxar e diga com amor e ternura : RELAXANDO.

· Faça algumas respirações abdominais profundas. Visualize que ao inspirar você atrai energia do centro da Terra, passando cocix e indo ao coração. Ao expirar visualize essa energia sendo liberada para o centro do peito.

Ao inspirar visualize chegar energia do Céu, que entra pelo topo de sua cabeça, descendo até o coração. Expire-o suavemente para o centro do peito.

· Inspire profundamente visualizando que você está recebendo energia das fontes do Cosmos e da Terra.

· Sinta que em seu coração se fundem a energia do Céu com a energia da Terra.

· Imagine um local que você gostaria de estar relaxando, meditando nesse momento. ( poder ser floresta, campo, montanha, rios, mar, etc. )

· Imagine-se nesse local.

· Esse local nós chamaremos de seu Espaço Sagrado da Mente.

· Visualize seu corpo repousando, e aos poucos vá imaginando o seu corpo espiritual se desprendendo desse seu corpo mental.

· Seu corpo espiritual começa a passear pelo seu Espaço Sagrado até encontrar uma abertura subterrânea. Aproveite para observar a beleza a sua volta.

· Encontrando a abertura, você entra e começa a caminhar por ela, observando que trata-se de um túnel . Caminhe por esse túnel. Caso algo obstrua a sua passagem, não desista, contorne-o e continue a sua caminhada.

Toque as paredes de seu túnel com as suas mãos e sinta-o. Você poderá sentir a energia da terra em suas mãos. A energia da vida fluindo em suas paredes.

· Mais alguns passos e você poderá visualizar a porta de entrada para o Mundo Profundo. Caminhe até chegar em frente a porta, e evoque em pensamento :

Eu peço que meu animal guardião venha se encontrar com sua parte humana

“Eu ordeno que se abra a porta entre os Dois Mundos para me encontrar com

meu Animal Guardião”

· Atravessando a porta você irá observar o animal que chega a sua frente. Não force isso. Não use o racional.

Não há medo e assim o animal move-se para mais perto, unicamente fazendo um movimento de reconhecimento. É lindo, profundo. É como se sua mente abrisse as portas de um tempo passado.

· Você também começa a se mover em sua direção. Estenda suavemente as suas mãos, estabeleça contato. Abrace o seu animal, troque carinhos.

· Fique frente a frente com seu animal e faça suas perguntas e espere pacientemente a resposta que poderá se apresentar de maneira simbólica. Observe atentamente.

· Ao final despeça-se de seu animal, agradecendo os ensinamentos.

· Volte para o túnel de onde você saiu e vá ao seu local de repouso.

· Visualize-se retornando para seu corpo.

· Repouse por alguns instantes

· Volte ao seu local de prática agradecendo ao Universo.

· Estude as respostas recebidas.

Deixe que seu animal se apresente para você, ao invés de escolhê-lo. No inicio desse exercício algumas pessoas tem dificuldades com a interpretação de imagens. O estudo do animal e a prática constante, vão permitir um melhor acesso a essa energia.

Há casos em que aparece mais de um animal. Fique atento, pois o seu guardião usará de uma forma para chamar mais atenção, e seu coração sentirá.

Pesquisando todas as informações sobre o seu animal é uma forma de honrar essa comunicação. Através desse estudo, encontrará explicações para muitas coisas no seu modo de ser.

A diferença entre uma verdadeira viagem xamânica e a ilusão, está na profundidade da experiência. Você entra nela! Sente!

Você poderá também Ter sonhos com seu animal após essa vivência.

Reconhecendo seu totem você verá sua energia trabalhando. Você notará seu animal em muitos momentos, em livros, revistas e cartões-postais, na natureza, em sonhos e visões. Sua consciência abundará.

Deve ter muito respeito para um relacionamento acontecer.

Natureza tem um caminho para se comunicar se nós, simplesmente escutamos. Animais são representantes de nossas mentes inconscientes. Observe se um pássaro vai constantemente cantar na sua janela, escuta. Ou quando algum animal chama sua atenção. Eles poderão estar se comunicando com você, porém só com consciência sutil é que você poderá compreender.